domingo, 8 de maio de 2011

SAÚDE


 

 PRIMEIROS SOCORROS:

 conhecimentos que valem uma vida

Mais que obrigação, prestar socorro às pessoas é uma questão de cidadania, afirma Milton Steinman, cirurgião da Unidade de Pronto Atendimento e do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). “Todo cidadão tem que socorrer, mesmo porque os incidentes podem acontecer com qualquer um de nós.”

Acidentes automobilísticos

Primeiros socorros: conhecimentos que valem uma vida
Em casos de acidentes envolvendo veículos, que variam de acidentes de trânsito com vítima a queda de motos são três os passos importantes para ajudar nesses casos:
  • Garantir a segurança do lugar: é muito comum parar para prestar socorro à vítima e sofrer um outro acidente ou prejudicar o ferido. Portanto, deve-se sinalizar o local. E, se você estiver dirigindo, parar seu veículo distante do acidentado.
  • Colher todas as informações do local: quantidade de vítimas e se estão conscientes; o tipo de acidente; se há alguém preso nas ferragens; se as vítimas estiverem acordadas: perguntar o nome delas, o que ocorreu e se sentem dor; tentar tranquilizá-las; pedir que não se movimentem. “Caso haja lesão na coluna, se a pessoa se mexer ou se houver movimentação inadequada, pode haver sequelas para o resto da vida”, alerta o dr. Steinman.
  • Pedir socorro: telefonar para o atendimento médico, no 192, e passar todos os detalhes colhidos ao atendente. A partir das informações transmitidas, será definido se o serviço a ser enviado é de suporte básico ou avançado (quando envolve o uso da Unidade de Tratamento Intensivo). O Corpo de Bombeiros deverá ser avisado caso houver necessidade de retirar vítimas das ferragens.
Existem situações nas quais não se deve, em hipótese alguma, movimentar a vítima. São elas:
  • inconsciência;
  • traumatismo craniano;
  • pacientes com dor no pescoço, ou que não conseguem movimentar braços ou pernas;
  • grandes acidentes.
Se a vítima estiver consciente, não alcoolizada e não sentir dores é possível ajudá-la a sair do veículo e colocá-la em lugar seguro. Mas só se houver a certeza dessas informações.
Não se deve tentar entrar no automóvel ao desconfiar que existe algum risco de combustão e explosão. Para acidentes de moto ou atropelamentos é preciso pedir que a vítima fique com a barriga para cima, se possível. Se a pessoa estiver de bruços, não é recomendável tentar virá-la. Esses cuidados têm o objetivo de evitar danos na coluna cervical.
Mesmo que você seja treinado e saiba técnicas de primeiros socorros, nem sempre é seguro tentar auxiliar a vítima porque muitas vezes o uso dos materiais como colar de imobilização para realizar os procedimentos é imprescindível.
De acordo com o cirurgião, seguir os três passos acima significa que grande parte do socorro já foi realizada.
Nas situações em que for perigoso e você parar para ajudar, verifique da melhor forma possível o que aconteceu, mesmo que de longe. Telefone para o 192 para explicar onde ocorreu o acidente e em que condições está o veículo acidentado. É importante se identificar.

Afogamento

Segundo a pediatra Adriana Vada Souza Ferreira, do Pronto Atendimento do HIAE, mais importante do que saber lidar com um caso desses é aprender a prevenir.

Na praia Como evitar acidentes:

  • adultos devem supervisionar constantemente as crianças
  • não usar as divertidas boias infláveis, que podem furar
  • adultos não devem ingerir drogas ou álcool antes de entrar no mar
Como agir:
  • as condições precisam ser completamente seguras para que o socorrista entre na água. A correnteza atrapalha. É mais indicado chamar alguém treinado para fazer o resgate
  • ao retirar a vítima do mar, é necessário deitá-la no chão de barriga para cima, proteger o pescoço e a coluna cervical e deixá-la imobilizada
  • se houver algum objeto na boca da vítima que possa causar engasgo é preciso retirá-lo
  • se não estiver respirando, é preciso fazer respiração boca-a-boca (esta técnica exige treinamento prévio)
  • é importante aquecer a vítima para evitar hipotermia
  • chamar por socorro

Na piscina Como evitar acidentes:

  • crianças devem ser supervisionadas em tempo integral e adultos ou adolescentes devem ser treinados para prestar socorro
  • nunca deixar brinquedos na beira da piscina
  • em casa: a piscina deve ser totalmente cercada e ter o portão trancado
Como agir:
  • a ação na piscina é um pouco mais fácil pois não há correnteza
  • após retirar a vítima da água, seguir as mesmas orientações de afogamento no mar
  • iniciar o socorro e chamar a ambulância

No banho Como evitar acidentes:

  • afogamentos também podem acontecer com os bebês durante o banho em banheiras. O ideal é supervisionar a atividade em tempo integral
Para constatar a gravidade de uma situação, dois pontos devem ser avaliados:
  • se a vítima está consciente ou não
  • se consegue respirar espontaneamente
Quando a pessoa estiver inconsciente e não respirar isso é o suficiente para saber que sua circulação também está prejudicada. De acordo com o dr. Luciano Monte Alegre Forlenza, cardiologista da Unidade de Primeiro Atendimento doHIAE, é fundamental chamar a ajuda de um serviço de resgate imediatamente. E, se quem estiver prestando os primeiros socorros souber como, deve iniciar as manobras básicas de ressuscitação cardiopulmonar, até que chegue o resgate.
Nas situações de emergência descritas acima, o paciente tem alta probabilidade de desenvolver dano agudo grave em um de seus órgãos ou funções vitais, podendo ficar com sequelas ou perder a vida. Isso pode acontecer em pouco tempo. Sendo assim, o socorro imediato (em cerca de minutos) é imprescindível e o tratamento especializado é fundamental.
Na urgência médica, o dano agudo grave ainda não ocorreu. Quando detectada a urgência, o paciente pode ser atendido em poucas horas. Mesmo assim, a situação pode trazer danos permanentes se não for tratada adequadamente.

Infarto agudo do miocárdio (IAM)

É caracterizado pela morte das células de uma parte do músculo do coração – chamado de miocárdio – causado pela interrupção do fluxo de sangue por uma das artérias coronárias. Isso normalmente causa dor no peito. As pessoas podem acreditar que é apenas uma dor banal e não procuram ajuda médica. Mas o IAM necessita de tratamento especializado e de emergência para se tentar salvar as células que ainda não morreram e preservar a função do miocárdio.

Sintomas:
  • Dor ou desconforto no peito, que pode chegar às costas, mandíbula, braço esquerdo e, às vezes, braço direito. Costuma ser intensa e prolongada e vem acompanhada de uma sensação de peso ou aperto no tórax.
  • Falta de ar, principalmente nos idosos.
  • Excesso de suor, palidez e alteração nos batimentos cardíacos.
No caso dos diabéticos e idosos, o infarto pode não apresentar sintomas específicos. É necessário ficar atento ao mal-estar repentino.

Como agir:
  • Caso o paciente não apresente alterações de consciência, de respiração e de circulação, a primeira ação é providenciar uma remoção rápida ao pronto socorro mais próximo.
De acordo com o dr. Forlenza, o objetivo da remoção é disponibilizar o tratamento adequado. “Quanto mais precocemente se consegue a desobstrução da coronária, menos dano se estabelece nas células do músculo do coração dentro das primeiras 12 horas do infarto.”

Dor torácica

Pode ser causada por problemas simples ou preocupantes. Por exemplo, o infarto do miocárdio atinge entre 5% e 15% dos pacientes com dor no peito que procuram serviços de emergência.
As causas mais comuns são doenças pulmonares como pneumonia, dores ósseas e musculares (por exemplo, a ocasionada por falta de aquecimento ao praticar esportes) e doenças do aparelho digestivo como úlcera ou gastrite.

Sintomas:
  • Dor, pressão ou desconforto no peito que pode se espalhar para as costas, ombros, braços e pescoço. Mesmo que o incômodo pare, procurar o médico é aconselhável.
  • Tontura, falta de ar, suor em excesso, aumento da frequência cardíaca, náuseas e vômitos.
  • Mal-estar inesperado mesmo sem dor ou desconforto
“Pessoas com esses sintomas devem procurar um serviço de Pronto Atendimento para avaliar se há causas relacionadas a problemas do coração”, orienta o dr. Forlenza.
Alerta ainda para os fatores de risco: diabetes, hipertensão, elevação de colesterol, tabagismo e histórico familiar de doença coronária precoce (com menos que 60 anos).

FONTE: http://www.einstein.br/espaco-saude/proteja-se/Paginas/primeiros-socorros-conhecimentos-que-valem-uma-vida.aspx

 

ATAQUE CARDIACO OU INFARTO QUAL A DIFERANÇA? 

PRINCÍPIO DE INFARTO: O termo príncípio de infarto frequentemente usado refere-se a uma situação que não existe: ou a pessoa está sofrendo/sofreu um infarto ou está sofrendo uma angina, que é uma outra situação cardíaca.

O coração funciona como uma bomba de ejeção de sangue para todo o corpo humano. Quando se contrai, distribui sangue pelas artérias; e quando se dilata, traz o sangue de volta para dentro dele, pelas veias. A parada cardíaca ocorre quando o coração para de funcionar. Nessa condição, ele deixa de exercer a função de bomba, inviabilizando a circulação do sangue pelo organismo.

De acordo com o cardiologista e diretor da Unidade Clínica de Coronariopatias Agudas do Incor HC/FMUSP, doutor José Carlos Nicolau, o inafarto é a causa mais comum de parada cardíaca na população.

“Além de fazer com que o sangue circule pelo corpo, o coração também precisa de sangue para o próprio funcionamento. Quando há obstrução de um vaso que alimenta o órgão, a região relacionada a esse vaso pode vir a morrer. Isso é odo inafarto miocárdio (do coração)“, explica, acrescentando que o inafarto tem tamanho e repercussão variáveis, dependendo do vaso que tiver sido obstruído.

De 3.439 infartados, atendidos no Incor nos últimos dez anos, 479 tinham 50 anos ou menos. O especialista lembra que, quando há uma parada cardíaca, é fundamental que haja atendimento rápido.

“Em alguns casos, é possível reverter o quadro. Quando o atendimento é feito prontamente, diminuem-se os riscos de lesão cerebral”, informa.

Além do inafarto , há outras diversas causas que podem levar à parada cardíaca, como insuficiência cardíaca em fase terminal, embolia pulmonar, arritmia cardíaca congênita, entre outras.

Fonte: noticias.terra.com.br
fonte secundaria:http://www.vocesabia.net/ciencia/diferenca-entre-ataque-cardiaco-e-infarto/#more-1374

Princípio deInfarto e outros Mitos”

PRINCÍPIO DE INAFRTO: O termo príncípio de inafarto frequentemente usado refere-se a uma situação que não existe: ou a pessoa está sofrendo/sofreu um inafarto ou está sofrendo uma angina, que é uma outra situação cardíaca.
INFARTO EM JOVENS É SEMPRE FATAL: A pessoa jovem com o coração saudável não tem um coração “treinado para a doença”, ou seja, o condicionamento isquêmico do idoso ou do doente cardiovascular dá uma maior resistência ao inafarto do que ao jovem de coração saudável, o que aumenta a probabilidade de morte em infartos ocorridos em jovens.

ALIMENTOS QUE “AFINAM O SANGUE”: Muita gente diz que alimentos como alho, limão e beringela afinam o sangue e reduzem o risco de inafarto . Porém não existem estudos que comprovam esta ação dos alimentos.
Verdades”

Maior ocorrência de manhã: De manhã ocorre um pico do risco de inafarto  motivado pela alteração do ciclo circadiano com o aumento de pressão arterial e da frequência cardíaca causados por picos de adrenalina e outros hormônios no sangue, sobrecarregando a função do coração, principalmente em pessoas com histótico de doenças coronarianas.

DIFERENTES RISCOS ENTRE MULHERES E HOMENS: As mulheres têm menor risco de inafarto em relação aos homens por questões hormonais. Porém, com a mudança hormonal ocorrida na menopausa o risco de inafarto iguala ao dos homens.

DEPRESSÃO AUMENTA OS RISCOS: Estudos recentes relacionam casos de inafarto com quadros de depressão.

MAIOR RISCO EM FUMANTES: O cigarro é um grande inimigo do coração e pode fazer o fumante infartar mesmo estando com a coronária sadia (sem placas de gorduras – arterosclerose).

OBESIDADE vs INFARTO: Pessoas acima do peso tem maior risco de infartar por conta da sobrecarga do coração motivada por pressão auta, possíveis diabetes e mesmo a massa corporal acima do ideal.
FONTE: http://blog.multivegetal.com/category/saude/






Atividades físicas


O envelhecimento e treinamento de força

O envelhecimento é um processo gradativo e inexorável, que ocorre ao longo da vida. Caracterizado pela redução da capacidade anâtomo-funcional, o qual acarreta baixa na eficiência de todos os sistemas do organismo, gerando modificações de caráter psicológico, oriundos da ação do tempo.

Atualmente, especialistas em envelhecimento tem mais uma preocupação diante do envelhecer mais e melhor, ou seja, com saúde. Essa preocupação faz referência ao aumento da expectativa de vida em sociedades tanto orientais quanto ocidentais. Dados do instituto brasileiro de dados geográficos e estatísticos (IBGE) indicam crescente envelhecimento populacional, que se acentua a cada ano. De acordo com o IBGE, o Brasil terá em 2025 o numero de 32 milhões de idosos.

O aumento da expectativa de vida está relacionado diretamente aos gastos públicos com o sistema de saúde oferecido à população em tratamentos e internações. Indivíduos idosos são os mais susceptíveis à diminuição da capacidade funcional e ao surgimento de enfermidades. Essa valência física é um dos parâmetros que reduz significativamente a capacidade nessa faixa etária. Com ela reduzida, devido ao processo de envelhecimento, as atividades da vida se tornam dificultadas.

Certamente você já viu um idoso necessitar de bengala para se locomover. Nessa situação, o vigor muscular já não é mais suficiente para que ele próprio possa se movimentar. Assim, ora ficará dependente de acessórios para se deslocar, e desempenhar as atividades do cotidiano, ora de ajuda de familiares.

A força muscular é reduzida de forma mais acentuada a partir dos 65 anos de idade, acarretando baixa expressiva na qualidade de vida, e geralmente associada a doenças decorrente do desuso muscular. Por exemplo, existem várias ocorrências de quedas e fraturas em idosos cujas conseqüências são negativas à saúde, e às vezes irreversíveis.

Durante as duas ultimas décadas, foi comprovada a eficiência do treinamento com peso para melhorar a força muscular, inclusive diante do envelhecimento. Esse é capaz de reduzir a dependência física, maximizar o vigor físico, diminuir a incidência de doenças e de hospitalizações de idosos.

É consenso entre estudiosos do treinamento com peso que em quase todas as faixas etárias da vida esta pratica é recomendável para melhorar a saúde, sobretudo se a capacidade física do individuo está comprometida ao ponto de causar em alguém dependência física. Desta forma, é sugerido que a população idosa participe de um programa de exercícios com peso – mais conhecido com musculação – a fim de obter ganhos na força muscular para enfrentar, do modo mais favorável, as atividades da vida diária.

James Fernandes de Medeiros
Graduado em Educação Física
Pós-graduado em Fisiologia do Exercício
E-mail:
jamesprof@gmail.com

fonte:www.nitrofitness.com.br/dicas/atividades_fisicas

Saiba como Previnir o AVC

Antes de saber como previnir o acidente vascular cerebral (AVC), é preciso saber quais os fatores de risco da doença. Em primeiro lugar, vem o histórico familiar. "Pessoas cujos pais ou avós tiveram AVC precisam ter mais cuidado", afirma o neurologista Rubens Gagliardi, da Santa Casa de São Paulo.
» Prevenção reduz 60 o risco de  avc
»  O que é o AVC e como tratar
O médico explica que existem doenças de base, chamadas de comorbidades, que também complicam o quadro. São elas a hipertensão, diabetes e colesterol elevado. "Nestes casos, é preciso combater os fatores de risco e fazer exames específicos com acompanhamento médico", acrescenta.
Estresse, obesidade, tabagismo e sedentarismo são outros fatores de risco. Além disso, a chance de um AVC aumenta com a idade.
Veja dicas para se previnir do AVC:
- Mantenha a pressão arterial sob controle.
- Evite o consumo de sal em excesso.
- Modere a ingestão de bebidas alcoólicas.
- Não fume.
- Controle o peso.
- Tenha uma alimentação saudável: evite gorduras e frituras, coma bastante frutas, verduras e fibras.
- Pratique exercícios físicos regularmente.
- Evite o estresse: faça atividades relaxantes como uma caminhada ao ar livre, conversar com amigos, passear com o cachorro.
Fonte: redação terra.




DENGUE EM SOROCABA

Saúde convoca sociedade para evitar epidemia

Leila Gapy - leila.gapy@jcruzeiro.com.br
Notícia publicada na edição de 26/01/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 7 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
 Sorocaba já registrou este ano, até terça-feira (25), seis casos de dengue, sendo cinco importados e um autóctone (na cidade). O dado é superior ao número registrado no primeiro mês de 2010, quando foram diagnosticados cinco casos; isso porque o mês ainda não terminou, o que tem preocupado as autoridades da Saúde. Foi no ano passado que a cidade contabilizou praticamente um caso por dia, já que foram 365 casos confirmados durante todo o ano. Como se não bastasse, a cidade está entre os 70 municípios do País com maior risco de sofrer epidemia, devido aos índices de infestação e incidência atual de casos, segundo o Ministério da Saúde. Para combater a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypt, e a doença, a Secretaria de Saúde deve lançar em 15 dias uma nova campanha de combate a dengue para este ano e o foco é o auxilio da comunidade.

A diretora da departamento de Vigilância em Saúde, Consuelo Matielo, informou ontem que, em 2009, a cidade registrou apenas sete casos de dengue, sendo que nenhum deles ocorreu em janeiro. Já no ano passado, 2010, foram 365 casos - 279 autóctones e 86 importados -, cinco deles somente em janeiro. E é por causa desse dado que Consuelo assumiu que a situação é preocupante. É que neste ano, até ontem, foram diagnosticados seis casos, sendo cinco importados (RJ, PA, PR, PE, CE) e um autóctone, diagnosticado na Vila Angélica. Entre eles, também há uma criança, de 7 anos. “Em Sorocaba, hoje, não há uma área segura. Há presença de criadouros em todas as áreas da cidade”, falou ela, com base nos laudos da última avaliação domiciliar realizada pelos agentes da Zoonoses, em setembro passado.

“Fizemos isso no final da estiagem e, de lá pra cá, só choveu. Quer dizer, chuva, água e calor, pronto: recursos ideais para o criadouro”, disse. Com base nos dados também, o Ministério da Saúde divulgou, no início do mês, o mapa de risco da dengue. O resultado coloca a cidade entre os 70 municípios do país com risco de sofrer epidemia, e colocou 16 Estados em alerta, entre eles, São Paulo, com risco moderado. A lista foi atualizada com o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que leva em consideração critérios básicos como incidência atual de casos; incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo Aedes aegypti, sorotipos em circulação, cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo e, por último, densidade populacional.

Para Consuelo, a medida de combate, em decorrência dos diagnósticos, é ainda o trabalho porta a porta, junto da comunidade, potencializando a conscientização. “Esse trabalho é contínuo e ininterrupto. Por isso, dividimos os serviços em duas etapas: uma de prevenção e outra de ação”, disse ela, se referindo aos dois grupos de combate. Um deles é do Controle de Vetor, com mais de 100 agentes, que tem por objetivo fazer visitas casa a casa, em locais monitorados como ferros-velhos, depósitos, em imóveis especiais, com grande circulação de gente, como prédios públicos e bloqueio em casos diagnosticados. Uma outra equipe, formada pelos profissionais da Vigilância Epidemiológica, faz o atendimento aos doentes, com orientações nos Centros de Saúde, junto dos funcionários, e ainda notifica as suspeitas, demarca área para nebulização da equipe da Zoonoses.

“É a VE que nos avisa sobre remoção de criadouro onde há caso confirmado e a nebulização”, contou Consuelo, que destacou: “A participação da comunidade é o que fará diferença nos diagnósticos desse ano. Percebemos que a comunidade nos atende, é receptiva, retira os locais de possível criadouro. Mas dali a pouco, esquece e volta a repetir situações de perigo, como o famoso pratinho de planta”, explicou ela, que aguarda a conclusão da campanha de mídia, que deve ser lançada dentro de 15 dias. “Nosso trabalho é de conscientização. As pessoas têm que ser informadas e lembradas do perigo o tempo todo. Essa doença pode ser mortal e, como tantas outras, depende da higiene e da vigilância”, finalizou.

Dengue

A dengue é uma enfermidade causada por um vírus da família Flaviviridae, que inclui quatro tipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Um único mosquito, Aedes aegypt, em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas. A transmissão se faz pela picada da fêmea contaminada - pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções.

O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue e os sintomas iniciais são febre alta, mal-estar, pouco apetite, dores na cabeça, musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e sangramento do nariz, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais.

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