sábado, 30 de abril de 2011

DRAMATURGIA

Cia. Os Dezequilibrados em A Estupidez

Primeira montagem carioca do autor argentino Rafael Spregeburd

16 de abril a 15 de maio de 2011

Com uma linguagem ágil e irreverente, a comédia parte da utilização de um mesmo cenário – um quarto de hotel de beira de estrada em Las Vegas – onde tramas, paralelas, se desenvolvem: pessoas comuns em busca da felicidade tentando, inescrupulosamente, se dar bem na vida, a qualquer custo.

Vencedora de inúmeros prêmios e encenada em diversos países, a peça procura ironizar tanto a estupidez da arte (desde os enlatados da cultura pop até o abstracionismo e as vanguardas da pintura moderna), quanto a estupidez da ciência (seja na verificação de um padrão no pinga-pinga de uma torneira, seja numa possível equação complexa que ordenaria o caos da vida e permitiria prever o futuro), passando pela estupidez da justiça (com foco na corrupção, truculência e precariedade da polícia) e, principalmente, pela estupidez do dinheiro (ou das coisas estúpidas que fazemos para ganhá-lo). Mas também se detém sobre a estupidez da família, das relações, dos nossos sonhos, em suma, da nossa própria existência.

Um importante cientista se vê obrigado a vender um segredo para um jornal, para ajudar um filho em dificuldades e este segredo é a equação de uma avançada teoria de física quântica que pode decifrar o mundo; amigos acham uma boa ideia viver de golpes em roletas de cassino; dois policiais honestos se vêem obrigados a compactuar com a corrupção de um terceiro companheiro diante de uma mala com um milhão de dólares encontrados em uma cena de assassinato; dois marchands tentam vender um quadro roubado antes que ele se destrua pela ação do tempo; um irmão completamente farto de ter que cuidar de uma irmã inválida; um milionário do petróleo texano, comprador de obras de arte, revelando os critérios que baseiam as suas escolhas em arte contemporânea; dois policiais apaixonados.

O texto de Spreglburd faz parte de uma heptologia. Inspirado pela pintura “A Roda dos Pecados Capitais”, de Hieronymus Bosch, o autor decidiu escrever peças sobre o que seriam os sete pecados contemporâneos. A primeira peça foi ‘A Inapetência’ (escrita em 1996, estreou em 2001), seguida de ‘A Extravagância’ (escrita em 1996, estreou em 1997) e ‘A Modéstia’ (1999), que será encenada em 2012 no Brasil por Pedro Brício. Depois vieram ‘A Estupidez’ e ‘O Pânico’ (escritas em 2002 e estreadas em 2003) e ‘A Paranóia’ (2008) e ‘A Teimosia’ (2009).

Texto: Rafael Spregelburd | Tradução e adaptação: Letícia Isnard
Direção: Ivan Sugahara
Elenco: Alcemar Vieira, Cristina Flores, José Karini, Letícia Isnard e Saulo Rodrigues

Serviço:

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro II (Rua Primeiro de Março, 66. Centro)
Horário: Quinta a Domingo, às 19h30
Ingresso: R$10,00 (inteira)
Horário da bilheteria: Terça a domingo, das 09h às 21h
Informações: (21) 3808-2049
Duração: 120 minutos
Capacidade: 155 lugares

Classificação Indicativa:
14 anos
Gênero: Comédia
Temporada: 16 de abril a 15 de maio de 2011

 

Bolsa Funarte de Estímulo à Dramatugia

Drama e comédia dividem as nove Bolsas Funarte de Estímulo à dramaturgia . Cada autor recebe R$ 30 mil para desenvolver seu projeto

Nove autores teatrais foram contemplados com a Bolsa Funarte de Estímulo à dramaturgia, cujo resultado foi divulgado no dia 13 de dezembro de 2007 no Diário Oficial da União. Entre os dias 26 de outubro e 10 de dezembro, a Funarte recebeu 161 projetos das cinco regiões do país, agraciadas cada uma com dois projetos premiados. A exceção ficou por conta da Região Norte, contemplada com apenas um selecionado, pois, de acordo com o júri composto por Jezebel di Carli, Miguel Santa Brígida Júnior, Otávio Gomes Cabral Filho e Robson Corrêa de Camargo, os demais projetos “não atingiram os critérios mínimos estabelecidos para premiação”.

Os contemplados, por região, são:

Norte: A República de Eirú, de Francisco do Valle Cardoso (Manaus/AM).

Nordeste: A Donzela e o Cangaceiro, de Antônio Carlos Ferreira de Araújo (Crato/CE).
Anita ou O Labirinto da Paixão, de Paulo Roberto Vieira de Melo (João Pessoa/PB).

Centro-oeste: Os Filhos de Glauce Rocha, de Maria Cristina Moreira de Oliveira (Campo Grande/MS).
Deus e o Diabo no Bar da Esquina, de Antônio Roberto Gerin (Brasília/DF).

Sudeste: Limite, de Pedro Brício de Paiva Côrtes (Rio de Janeiro/RJ).
Suspensões, de Verônica Lo Turco Gentilin (São Paulo/SP).

Sul: A Autobiografia de Fred Kelly, de Daniel Lobo Fernandes (Florianópolis/SC).
Elevador, de Diones Rodrigo Ribeiro Camargo (Alvorada/RS).

Cada autor escolhido receberá R$ 30 mil para desenvolver seu projeto até junho de 2008, metade na assinatura do contrato e o restante à medida que o cronograma do projeto for cumprido. A encenação e a publicação dos textos ficarão a critério de cada autor.

O objetivo da bolsa é incentivar a criação de textos teatrais em todo o País. Segundo o presidente da Fundação Nacional de Artes, Celso Frateschi, até aqui havia prêmios para peças já escritas. “Faltava estimular a criação de dramaturgia de todos os gêneros e este é o primeiro passo neste sentido. Selecionamos os melhores projetos de criação”, explica ele.

Dentre as 161 inscrições, a maioria (115 propostas) veio da região Sudeste. Do Sul vieram 17 projetos, do Nordeste, 14; do Centro-oeste 10 e cinco vieram da região Norte. O Rio de Janeiro é o Estado com o maior número de propostas (59), seguido de São Paulo (43).

Além da Bolsa Funarte de Estímulo à Dramaturgia, a instituição criou também a Bolsa Funarte de Estímulo à Criação Literária, Ao todo, serão destinados R$ 570 mil aos dois programas.

FONTE:Ministério da cultura.

 

Artistas buscam atores em Teresina para peça sobre a vida de Torquato

Projeto "Ainda há vagalumes lá fora" retrará a vida e a obra do Anjo Torto com uma lingua que passa pela dança, cinema e dramartugia.

Os atores baianos Lucas Valadares e Juliana Grave estão em Teresina para realiza na próxima sexta-feira (28) uma seleção pública de colaboradores para o projeto “Ainda há vagalumes lá fora”. A iniciativa será baseada na vida, obra e filosofia do poeta piauiense Torquato Neto.

“O encontro com o artista se deu quando eu estava na busca por uma forma mais particular de expressão. Nunca havia pensando em transformar essa paixão em um objeto prático, mas havia sempre esse desejo inconsciente, natural, do contato com Torquato”, analisa Lucas.

Assim, o casal estará no espaço Trilhos, das 8h às 13h, para conhecer e avaliar o interesse dos piauienses em compor esse projeto. Na oportunidade, serão promovidas oficinas gratuitas de corpo, dramaturgia e cinema para os interessados.

“As oficinas serão promovidas em horários intercalados para poder contemplar a todos que queiram participar. Procuramos artistas com experiência em cada um dos ramos, mas nosso principal parâmetro de seleção será a motivação para integrar a peça”, disse Juliana.

A iniciativa conta com o patrocínio da Funarte e Ministério da Cultura. O projeto foi vencedor edição 2010 do prêmio Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura. Está é a 2ª vez que o casal está em Teresina para se aprofundar no universo do Anjo Torto.

“Tivemos a oportunidade de conhecer o pai do Torquato que hoje, para nos, já é o Tio Eli. Conhecemos ainda mais famílias, amigos e pessoas envolvidas com o trabalho e a vida do poeta”, afirma Juliana.

Dúvidas e mais informações poderão ser conferidas no blog projetotorquato.blogspot.com, através do e-mail projeto.torquato@gmail.com ou pelos telefones 3223-2325 e 9406-2842. “Estamos vivenciando o intercâmbio e valorizando essa troca com os piauienses como uma forma de engrandecer e dar mais verdade a peça”, explica Lucas.





Sobre Torquato NetoTorquato Pereira de Araújo Neto foi um poeta, jornalista, letrista de música popular, experimentador da contracultura brasileiro. Nascido em Teresina, no dia 09 de novembro de 1944, o piauiense teve sua maior contribuição artística no movimento cultural Tropicalismo.

Torquato se matou um dia depois de seu 28º aniversário, em 1972. Depois de voltar de uma festa, trancou-se no banheiro e abriu o gás. Sua mulher dormia em outro aposento da casa. O escritor foi encontrado na manhã seguinte pela empregada da família.

Lívio Galenoliviogaleno@cidadeverde.com